Descendente de tradicional família gaúcha, tentou, a principio, a carreira militar, decidindo-se, mais tarde, pelo Curso de Direito. Foi eleito Deputado Estadual e, logo depois, Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul, tornando-se o líder da bancada do seu Estado no Congresso Nacional.
Escolhido para assumir a pasta da Fazenda no Governo Washington Luis, abdicou deste cargo para disputar o governo do seu Estado. Eleito Presidente do Rio Grande do Sul, constitui um forte movimento de oposição ao governo central, reivindicando o fim da corrupção eleitoral através da adoção do voto secreto e universal.
“Apoiado pela Aliança Liberal”, Getulio foi candidato à Presidência da Republica, tendo sido derrotado nas eleições de 1930 pelo candidato da situação, Julio Prestes. Líder da Revolução de 1930 destituiu Washington Luis tornando-se Presidente da República. Uma das reivindicações básicas das oposições era a convocação de uma Assembléia Constituinte. Getúlio, entretanto, não se preocupou em convocar esta eleição. Diante disto, em 1932, os paulistas responderam com a Revolução Constitucionalista que, apesar de derrotada pelas forças do Governo Federal, atingiu os seus objetivos, já que Getúlio, pressionado pelas circunstancias, convocou eleições para a formação da Assembléia Constituinte que, em 1934, indiretamente o elegeu Presidente da República. Enfrentando varias posições contrárias ao seu governo, Vargas, em 10 de novembro de 1937, criou o Estado Novo que se caracterizou como uma ditadura durante a qual foram tomadas medidas visando a garantir as leis trabalhistas, o salário mínimo a garantia no emprego e a Previdência Social, além da criação das indústrias econômicas e da Siderurgia Nacional. Em pleno Estado Novo, teve inicio na Europa a 2nda Guerra Mundial. Assim, no campo da política externa coube a Vargas declarar guerra ao eixo e ordenar o envio de tropas brasileiras para lutar ao lado dos aliados. A vitória das nações democráticas comprometeu sobremaneira o regime ditatorial de Vargas que foi derrubado em 1945.
Retornou à vida pública em 1950, e, pelo voto direto e secreto, foi eleito novamente Presidente da Republica. As dificuldades econômicas, por que passava o país não permitiram que o seu governo transcorresse tranqüilamente. Getulio procurou defender no final do seu mandato, uma política de cunho nacionalista, isto e, voltada para a defesa das riquezas do país e menor dependência estrangeira, e, dentro desta visão, fundou a Petrobras.
Diante das posições assumidas por seus adversários políticos teve inicio uma crise que culminou com o crime da Rua Toneleiros, onde veio a falecer o major Rubens Vaz. Este fato fez crescer ainda mais a reação contra Vargas e os oficiais generais exigiram o seu afastamento. Getulio ainda tentou uma reunião especial do Ministério, na madrugada de 23 para 24 de agosto, porem chegou a noticia de que os oficiais mostravam-se irreduzíveis e exigiam a sua renúncia. Incapaz de controlar a situação, Getulio suicidou-se em 24 de agosto de 1954.